segunda-feira, 6 de maio de 2013

Jaboatão bem perto de ter praias mais largas


Quem passa pela orla de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, tem encontrado um cenário diferente. No lugar de cadeiras, guardas-sol e banhistas, estão máquinas, tubulações e pessoas trabalhando. Isso porque o município está executando um projeto pioneiro em Pernambuco, a obra de engorda das praias. Um investimento de cerca de R$ 41 milhões, que vai aumentar em 40 a faixa litorânea em metros de largura, em 5,3 quilômetros que compreendem às praias de Barra de Jangada, Candeias e Piedade.  Essa será a maior obra de engorda do Brasil em extensão, maior que Copacabana e Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, Iracema, em Fortaleza, e Piçarra, no Espírito Santo.  
“Um milhão de metros cúbicos de areia será movimentado, o que equivale a 50 mil caminhões do tipo caçamba. A draga , que tem capacidade para 6 mil metros cúbicos de areia, vai trabalhar 24 horas por dia, e deve fazer de 3 a 4 viagens, movimentando algo em torno de 20 mil metros cúbicos por dia”, explicou Roberto Rocha, gerente de obras do município e engenheiro responsável pelo monitoramento da obra.  
Ainda segundo Rocha, a obra está cumprindo os prazos e deve ser finalizada em agosto deste ano. “Já terminamos todos os serviços estruturais, que foram o levantamento topográfico, a construção dos dois canteiros de obras, um em Candeias e outro em Piedade, o seccionamento do quebra-mar em cinco partes e a soldagem da tubulação de 1,5 quilômetro, que ficará submersa e será acoplada à draga para o transporte da areia até a praia”, informou. 
Segundo Heraldo Selva, vice-prefeito do município, a obra beneficiará toda a população. “A draga vai começar a jogar areia em Barra de Jangada e seguirá no sentido Piedade. Conforme a areia for sendo despejada, tratores espalharão o material. A expectativa é de que em no máximo 70 dias toda a areia já tenha sido dragada da jazida (localizada a 14 quilômetros de Jaboatão, em alto mar, a dois quilômetros da praia de Pedra do Xaréu, no Cabo de Santo Agostinho). Nos 3 meses seguintes, o mar, em um processo natural fará o decline da areia”, disse. 
“Para garantir a durabilidade da obra, foi feito um estudo e escolhida uma areia com uma gramatura em que só será necessária manutenção 5 anos após o termino da obra e com uma movimentação de terra muito menor do que a que está sendo feita nessa primeira. Com essa obra conseguiremos devolver esse equipamento de lazer, que é a praia, para toda a população jaboatanense. Além disso, conseguiremos potencializar o turismo, tendo em vista que teremos uma praia larga com todos os trechos, que sofreram com o avanço do mar recuperados. Será uma obra para todos”, finalizou Selva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário