terça-feira, 16 de outubro de 2012

Morre no HGV uma das vítimas da explosão de cilindro de gás



Explosão aconteceu na sexta-feira, na frente do horto de Dois Irmãos. Foto: Hélder Tavares/DP/D.A Press/Arquivo
Explosão aconteceu na sexta-feira, na frente do horto de Dois Irmãos. Foto: Hélder Tavares/DP/D.A Press/Arquivo
Morreu na noite de ontem, no Hospital Getúlio Vargas (HGV), o ambulante Luandson José Silva de Oliveira, de 19 anos. Ele teve as duas pernas amputadas, após a explosão de um cilindro de gás registrado na sexta-feira passada na Praça Farias Neves, perto da entrada do Parque Dois Irmãos, no Recife.
 A morte do ambulante foi decorrente do traumatismo e da enorme perda de sangue. Segundo o diretor do HGV, Ricardo Cruz, o cilindro se comportou como uma bomba. "Ele teve as pernas amputadas no local, o que provocou muito sangramento e um choque de anemia", disse. 

Apesar de ter sido submetido no sábado passado a uma cirurgia vascular para conter a hemorragia no local da amputação, o estado de saúde de Luandson era gravíssimo. Parentes de Luandson estiveram no Instituto de Medicina Legal nesta manhã. Desde ontem, a equipe médica do HGV já havia comunicado a morte cerebral do paciente.

Ele era um rapaz honesto e trabalhador. Nunca teve medo de trabalho, sempre sustentou sua esposa e ajudava a família”, disse a costureira Lindaci Miranda da Silva, 38 anos, mãe de Luanderson, filho mais velho entre os três da costureira. Nascido em Surubim, o rapaz estava morando há pouco mais de oito meses no Recife. O motivo foi o trabalho. “A dor maior é porque não teve explicação e ninguém foi responsabilizado. Agora, quero saber quem é o culpado e espero que a justiça 
seja feita”, disse a mãe.

O enterro de Luanderson será amanhã em Surubim. O horário ainda não foi confimado pela família. O rapaz era casado e sua esposa está grávida de quatro meses.

Estável - A outra vítima do acidente, Marcelo de Paula Santos, de 42 anos, também está internado na UTI do Hospital Getúlio Vargas. O estado de saúde dele é estável e ele está respiando sem a ajuda de aparelhos. Marcelo deve ser transferido para a enfermaria do hospital ainda hoje ou amanha. O ambulante teve as pernas mutiladas na explosão e precisou passar pela amputação dos membros quando chegou ao Getúlio Vargas.

O acidente com os dois ambulantes aconteceu no início da tarde de sexta, quando eles enchiam balões de festa utilizando três cilindros de gás (provavelmente com substância de fabricação caseira), quando um deles explodiu. Ao todo, sete pessoas ficaram feridas, sendo três crianças que foram socorridas com queimaduras e escoriações para a UPA dos Torrões e liberadas ainda na sexta-feira.

Também foi socorrido e liberado em seguida Geraldo da Conceição Filho, 17 anos (levado para a UPA da Caxangá). José André da Silva, 37 anos, teve queimaduras de segundo grau, foi levado para o Hospital da Restauração, onde permanece internado.

O Instituto de Criminalística (IC) recolheu amostras dos cilindros e de outros materiais encontrados no local para analisar o que pode ter provocado a explosão.

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