quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Elias Gomes veta aumento do próprio salário e de vereadores de Jaboatão dos Guararapes


O prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), enviou na tarde desta terça-feira (9) um ofício para a Câmara de Vereadores do município vetando um projeto de lei, de autoria da Casa, que aumentaria o salário dos vereadores, do vice-prefeito, e o do próprio prefeito. No documento, o gestor alegou “inconstitucionalidade formal e contrariedade ao interesse público”. O projeto de lei prevê o aumento do salário dos vereadores de R$ 12 mil para R$ 15 mil, o mesmo seria aplicado aos vencimentos do vice-prefeito, cujo salário é igual ao dos vereadores. No caso do prefeito, o salário passaria dos atuais R$ 15 mil para R$ 18 mil. As mudanças passaria a valer a partir do próximo ano, já com a nova composição da Câmara. 
Em entrevista ao Diario, Elias Gomes afirmou ser inconcebível um aumento salarial desta magnitude em um momento no qual a cidade estaria enfrentando uma queda de receita por conta da crise econômica. O gestor alegou, também, que o aumento de salário de vereadores e do prefeito não podem estar vinculados, pois isto iria de encontro à Constituição Federal.
Ao mesmo tempo em que dava explicações técnicas, o prefeito não poupou críticas de teor político aos atuais vereadores, em especial o presidente da Casa, Manuel Pereira Neco (PSC), que conseguiu de reeleger com a maior votação do município. Para Elias Gomes, a Câmara de Jaboatão dos Guararapes quis impedir uma polêmica semelhante ao caso da Câmara do Recife, que aumentou em 60% o salário dos vereadores e foi criticada pela Imprensa. “A Câmara fez isto para jogar o ônus do aumento para o Executivo. Foi uma mera esperteza para evitar polêmica, mas o tiro saiu pela culatra. Isso é próprio do presidente da Casa”, afirmou.
O gestor também disse que não baseia suas ações visando as eleições. Afirmou não ter medo de enfrentar os vereadores e conclamou a população a se mobilizar contra o aumento. “Deixei para tomar essa atitude depois das eleições. Meu veto será votado na Casa e eles podem derrubar se dois terços forem contra. Entretanto, não vou de forma alguma orientar minhas decisões por interesses corporativos. Sei que vai ser uma batalha mas não tenho medo. A sociedade deve estar atenta para pressionar a Câmara”, declarou. 
Procurado pelo Diario, Manuel Pereira Neco disse que não iria se pronunciar sobre o assunto antes de receber o ofício do prefeito.

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