Mascote da Copa do Mundo de 2014, o tatu-bola virou alvo de vandalismo em Brasília. Na madrugada desta terça-feira, um grupo de jovens esfaqueou e esvaziou a réplica de sete metros do boneco inflável do bicho, colocado na Esplanada dos Ministérios pela Coca-Cola, patrocinador da competição. A Polícia Militar esteve no local, mas não encontrou os responsáveis pela destruição do boneco, retirado para conserto. A 5ª DP abriu inquérito, mas os policiais estão em greve há mais de 40 dias e se recusam a fazer a investigação.O ataque ocorreu por volta das 2h30. É a segunda agressão ao mascote nos últimos dias. Na semana passada, um tatu-bola inflável do mesmo tamanho foi atacado por manifestantes gaúchos em Porto Alegre, no Largo Glênio Peres, durante manifestação contra a privatização de espaços públicos por grandes corporações. O nome da multinacional patrocinadora da Copa chamou a atenção dos manifestantes, que destruíram o boneco a pauladas. Houve tumulto e prisões durante confronto com a polícia.
O Ministério do Esporte informou que a responsabilidade pela produção e integridade dos símbolos da Copa é da Fifa e dos patrocinadores, em conjunto com a segurança pública das cidades-sede. O Governo do Distrito Federal informou que estão sendo estudadas medidas para evitar novos incidentes daqui por diante e que os responsáveis pela destruição do tatu-bola serão identificados e punidos.
Um dos bichos mais queridos da fauna brasileira, o tatu-bola está ameaçado de extinção e por isso conquistou a simpatia dos organizadores da Copa e do público estrangeiro, sendo escolhido símbolo da competição. A caça intensa e a destruição do habitat são as principais ameaças à sua sobrevivência. É a única espécie capaz de se enrolar completamente, formando uma bola quando se sente ameaçada.
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