Um bebê de 5 meses ficou ferido após o muro de uma casa que estava passando por uma reforma cair, por volta das 2h40 da manhã desta quarta-feira (4), no Alto da Mina, no bairro dos Bultrins, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). O imóvel, que fica na Rua Topazio, teve parte da estrutura derrubada por conta das fortes chuvas que caíram no Grande Recife desde a noite de ontem e durante toda a madrugada.
Os escombros atingiram outra casa, que ficava logo abaixo, onde moram uma mulher e seus três filhos, de 6 e 8 anos, além de um bebê de 5 meses. O bebê ficou ferido com alguns arranhões no rosto e foi levado por vizinhos para a Unidade de Pronto Atendimento, a UPA da PE-15, lá próximo, mas passa bem. Ele ficou em observação até às 6h e foi liberado. A mãe e os filhos mais velhos sofreram apenas arranhões pelo corpo.
A dona de casa Ana Clécia Lima dos Santos, mãe das crianças, ficou presa nos escombros, mas logo conseguiu sair. O pai e o tio dela, junto com alguns vizinhos, retiraram as crianças do quarto onde estavam. "Não conseguia ver ele (o bebê). No que a casa saiu, apagou tudo", disse Ana Clécia. Com muitas pedras sobre o berço, a criança estava chorando, o que guiou os vizinhos e familiares até encontrá-la, mas depois parou, dificultando a busca. O resgate foi feito em 15 minutos.
O muro que caiu estava estava sendo construído há dois meses e meio, e ficou pronto uma semana atrás. Além de Ana Clécia e os filhos, na casa, que é dividida em três, moravam também o tio dela, Jocemar dos Santos, e a esposa, na casa do meio, e na frente o pai dela. As crianças foram para a casa de uma tia.
Jocemar dos Santos, de 54 anos, foi um dos que prestou o socorro imediato. "Eu corri, arrombei a porta dela e fui socorrer os meninos junto com meu irmão", disse Jocemar. Ele morava no local há mais de 40 anos.
Equipes da Defesa Civil de Olinda estiveram no local fazendo os primeiros levantamentos. A área foi isolada e o relatório da engenharia deve sair até esta sexta-feira. O secretário executivo de obras de Olinda, João Batista, explicou que para a construção do muro, era preciso uma licença do controle urbano. Caso o documento tenha sido expedido, ele será anexado ao laudo. "Esse era um ponto aparentemente estável, tanto que não existia nenhuma intervenção da prefeitura. A gente tinha uma alvenaria resistente", disse o secretário.
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