sexta-feira, 21 de junho de 2013

Projeto Encontro aproveita ciclo junino e homenageia figuras populares do município

A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, por meio da Secretaria Executiva de Cultura e Patrimônio Histórico, realizou nesta quinta-feira (20), na Casa da Cultura em Jaboatão Centro, mais uma edição do Projeto Encontro. Aproveitando o ciclo junino, o projeto homenageou o forrozeiro Reginaldo Mendonça e o bacamarteiro Severino Marinho de Lima, conhecido como Dedé.  O teatrólogo Irapuan Caeté também recebeu uma homenagem póstuma. A viúva Nancy Marciel Menezes foi quem recebeu os cumprimentos.
Conhecido como o Embaixador do Forró, Reginaldo Mendonça nasceu no dia 23 de junho de 1946, no sitio São José, nas terras da Usina Bulhões. A partir dos 17 anos desenvolveu a profissão de motorista, mas em 1980, o jaboatanense foi arrastado para a vida artística. Por conta da sua identificação com a música, ele sempre era convidado para participar como cantor em encontros de forró pelos engenhos da região. Em 1986 resolveu fazer seu primeiro trabalho artístico lançando um compacto simples. Em 1990 gravou o primeiro LP com doze musicas, em 1992 gravou o segundo LP com mais 12 músicas, tendo ao longo de sua carreira um total de seis LP’s e três CDs.  Hoje, Reginaldo Mendonça é cantor, compositor, poeta e ator.
Severino Marinho de Lima, ou melhor, Seu Dedé, é presidente dos Bacamarteiros Aliados do Jaboatão dos Guararapes. Ele nasceu na cidade de Moreno em 19 de março de 1936, depois se mudou para Jaboatão, com 18 anos. Seu amor pela arte do Bacamarte começou aos dez anos de idade e continua até os dias atuais. Hoje, ele tem 78 anos. Atualmente seu grupo conta com 46 integrantes, todos registrados e cadastrados no Comando Militar.
O teatrólogo Irapuan Caeté nasceu no dia 8 de dezembro de 1936 e faleceu em 11 de maio 2013. Desde criança, Irapuan sabia o que queria: ser teatrólogo. Ele encenou A Paraibana Maria da Penha; Mãos que mataram Cristo, que o levou a participar do festival de Teatro Sacro em 1976, onde ganhou cinco prêmios; Uma Rosa Amarela para Amélia (teatro infantil); A lição; As Mãos de Eurides; A Morte da Cultura na Câmara de Gás, que foi censurada e interditada pela ditadura militar em 1970. Nesse período , ele aproveitou e viajou para o Rio de Janeiro, onde passou dois anos, lá escreveu mais de 50 crônicas , entre elas “ Os Dedos Mágicos de Cecília Brandão”.  Irapuan ministrou inúmeros cursos de teatro. Seu amor a Jaboatão, perseverança e dedicação e profissionalismo, fez dele, um orgulho para a história de nossa cidade.
O Projeto Encontro, que acontece uma vez por mês, tinha marcado a homenagem ao teatrólogo em dezembro do ano passado, mas por conta de problemas de saúde com o mesmo, e que o levou ao falecimento, a solenidade foi remarcada para ontem.

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