quinta-feira, 25 de abril de 2013

Açúcar ou mel: como adoçar os alimentos dos bebês?


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Os sucos devem ser adoçados com o mínimo de açúcar possível e quando realmente for necessário. O mel não deve ser usado
Foto: Divulgação

Do NE10
Após um longo período alimentando-se apenas de leite materno ou fórmula artificial, o bebê passa por uma grande mudança na alimentação, quando são incorporados em seu cardápio as papinhas e sucos. Algumas frutas são naturalmente doces, outras, porém, são ácidas e azedas. O NE10 conversou com profissionais da área para saber a melhor maneira de adoçar o alimento dos bebês.

A introdução de alimentos à dieta das crianças pequenas deve ser gradual, tanto as frutas como os sucos e papinhas, "oferecendo um alimento por vez para testar a aceitação da criança e observar a reação do organismo dela àquele alimento", esclarece a nutricionista, Silvana Frade Galvão. Sucos de laranja mimo, melancia, maçã e melão, normalmente, são os primeiros a serem oferecidos, assim como banana amassada ou maçã e pera raspadinhas. "Frutas mais ácidas e alergênicas devem ser iniciadas mais tardiamente. Limão, kiwi, abacate e morango, aos 12 meses", explica a médica endocrinologista pediatra do Imip, Ana Carla Neves.
Os alimentos devem ser adoçados quando for realmente necessário, caso a criança rejeite o suco de determinadas frutas mais ácidas, como acerola, laranja pera, limão ou caju. Ainda assim, deve-se usar o mínimo de aç[ucar possível. "Quando necessitar de açúcar pode utilizar o da cana", aconselha a pediatra. A nutricionista acrescenta que o mel de abelha deve ser evitado até os 12 meses e o adoçante não deve ser utilizado.
O botulismo é uma intoxicação alimentar que atinge o sistema nervoso e pode causar tremores, moleza no corpo e falta de apetite. Em casos mais graves, há o risco de insuficiência respiratória e de complicações neurológicas.
Apesar de rico em nutrientes, o mel de abelha não é indicado para bebês menores de um ano, pois pode conter a bactéria Clostridium botulinium, causadora do botulismo, que é resistente ao processamento industrial. Antes de 12 meses, a criança não apresenta a imunidade para microrganismos patogênicos como este. De acordo com o Guia Brasileiro de Vigilância Epidemiológica, a doença é responsável por 5% das mortes súbitas em crianças menores de um ano de idade.

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