O aeroporto do Recife ficou pequeno para a grande quantidade de torcedores do Santa Cruz que foi ao local, no final da manhã e início da tarde desta segunda (28), recepcionar o time após a boa e importante vitória diante do Betim (1x0), ontem à tarde, em Nova Serrana, Minas Gerais. Com o resultado, o time coral precisa apenas de um empate para deixar a Série C e conseguir o acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro. A última vez que o Tricolor disputou a Série B foi em 2007.
Em cada rosto do torcedor, a confiança no acesso. Sem conter a euforia, muitos mostravam placas com a letra B, série que o time tem tudo para alcançar, no jogo de volta, próximo domingo, no Arruda. Muitos estavam com bandeiras e camisas do Santa Cruz.
Com o sobrinho Anderson, de 2 anos, no braço, Cristiano Ricardo da Silva, 36 anos, eletricista, conhecido como "Tricolor da Madelena", não escondia a confiança no acesso. "Foram seis anos de luta. Passamos pela Série D e, agora, graças a Deus, estamos com um pé na Série B. Domingo (3) estarei no Arruda para festa do acesso."Outro torcedor, o vigiliante Claudecir Messias da Silva Filho, 46 anos, completados na sexta-feira (25), não se conteve. "O acesso é o meu presidente de aniversário. No próximo ano será festa do centenário do meu clube e o acesso à Série A."
Da mesma forma, José Severino Ramos, 56 anos, conhecido como "Tricolor do Totó", parabenizava os jogadores. "É um time de luta, de guerreiros. Todos estão de parabéns, pois vamos confirmar o nosso acesso domingo com o Arruda lotado."
Os jogadores, no entanto, não tiveram nem como parar no saguão do aeroporto. Afinal, eram quase mil tricolores gritando e festejando. Os seguranças tiveram trabalho para acompanhar o grupo até o õnibus coral. O zagueiro Renan Fonseca ainda falou com os repórteres. "Essa torcida sempre nos surpreende. Não podemos errar no jogo da volta contra o Betim. Temos a vantagem, mas para garantir o acesso, só dependemos da segunda partida. Força não falta e vem da nossa torcida."
Logo após o jogo, o técnico Vica fez questão de deixar o clima de "já ganhou" para os torcedores. "Sabemos que o torcedor aguarda pelo acesso, mas estamos com os pés no chão. O clima de euforia fica para a torcida. Nós temos que trabalhar para fazer um bom jogo e garantir nossa classificação. Temos a consciência que, mesmo ganhando do Betim, fizemos um jogo muito ruim". O treinador, talvez, esteja precavido pelo que aconteceu com ele no ano passado, quando treinava o Fortaleza na Série C, tinha a vantagem do empate jogando em casa e acabou eliminado.
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