segunda-feira, 31 de março de 2014

Protesto da Fetape bloqueia estradas federais em Pernambuco

Na BR-101, próximo à Fábrica da Vitarella, em Jaboatão, manifestantes queimaram pneus para bloquear os dois sentidos da via / Foto: Twitter/@djleiteneto


Agricultores ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) montaram bloqueios em estradas federais em Pernambuco na manhã desta segunda-feira (31). As BRs 101 e 232 foram fechadas nos municípios de Goiana, Jaboatão dos Guararapes e Moreno, mas todas as vias já foram liberadas. A mobilização reivindica terras e condições mais dignas de vida para a população que mora e trabalha no campo.
Na BR-232, o bloqueio foi feito no quilômetro 28 da rodovia, próximo ao Parque Aquático, em Moreno. Já a BR-101 teve dois pontos interditados. Em Goiana, no quilômetro 04, próximo à Usina Maravilha, e em Jaboatão, no quilômetro 83, em frente à Fábrica da Vitarella. Todas as interdições foram feitas nos dois sentidos, o que provocou engarrafamentos quilométricos. A mobilização das estradas resvalou na PE-60 e na Estrada do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho.
Além desses bloqueios, a federação organizou um mobilização na Praça do Derby, na área central do Recife, onde os produtores rurais estão distribuindo alimentos para os necessitados e distribuindo panfletos. As reivindicações da entidade se referem à defesa do trabalho no campo. Um documento com 85 propostas foi enviado aos governos estadual e federal em agosto de 2013, mas a Fetape diz que não recebeu qualquer resposta.
O presidente da Fetape, Daniel Barros, classifica o silêncio do governo como "morosidade". "A Zona da Mata pernambucana está passando por uma crise e o governo ainda não chamou os produtores para discutir essa situação. Nós enviamos o documento com as reinvidicações e eles não responderam. A única alternativa foi vir para a BR protestar. Apesar disso, nós queremos produzir", declarou Barros.
Além da federação, outras entidades estão inseridas na mobilização: CPT, MST, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Zona da Mata, Contag, CUT, CTB, Sabiá, Serta, Fase, Centro Josué de Castro, LecGeo/UFPE, ICN, Assocene, Coopagel, Coopag e Centro das Mulheres do Cabo.
Essas entidades temem as consequências da vinda da Fiat para o cultivo da cana-de-açúcar na Mata Norte. Outro pedido, esse já recorrente, é a Reforma Agrária brasileira

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