domingo, 9 de junho de 2013

Segundo dia de São João da Capitá Levou o Público ao Delírio

Choveu. E choveu muito. E foi a noite toda. Mas e daí? As milhares de pessoas que lotaram a área externa do Chevrolet Hall garantiram as suas capas e trouxeram arsenal reforçado de sombrinhas e guarda chuvas. Alguns até preferiram encarar de frente a água celestial e curtir os shows no maior estilo “cantando na chuva”. A animação no palco principal começou às cerca de 21h com a subida da dupla sertaneja Munhoz e Mariano, famosa pelo hit “Camaro Amarelo”. Mas os garotos simples de Campo Grande mostraram, além de bastante humildade, terem muito mais do que o carro amarelo estacionado na garagem musical.
Mariano... (Foto: Anderson Stevens)
Mariano… (Foto: Anderson Stevens)
e Munhos, em primeiro-plano. (Foto: Anderson Stevens).
e Munhoz, em primeiro-plano. (Foto: Anderson Stevens).
A abertura do show veio com muito toró para um público que ainda começava a se encontrar frente ao palco. “Alô, final de semana chegou” foi um bom lembrete a todos e uma chamada à diversão. “Cowboy Arretado” reafirmou a  revolução que o sertanejo passou na última década. Mas o forte da dupla mesmo é a sensualidade. Nada ofensivo, apenas na medida certa para soar agradável. As coreografias e letras de “vou pegar você e tãe” e “180, 360″, levaram as fãs ao delírio. Além da tradicional “Camaro Amarelo”, que não faltou e fechou com muito alto astral a apresentação. A próxima banda a surgir foi a Calypso, para um show cheio de emoções.
Banda Calypso recém-chegada ao palco. (Foto: Anderson Stevens).
Banda Calypso recém-chegada ao palco. (Foto: Anderson Stevens).
Explodindo vitalidade, mesmo com todo o temporal à frente, Joelma e Chimbinha comandaram uma platéia ensandecida na curso de quase 20 canções conhecidíssimas. Misturando novas e antigas, “pesadas” e românticas, o setlist foi aprovado pelos fãs.  Tudo começou com “Me beija agora”, seguida de  ”Xonou, xonou” e “Cumbia do amor”. O público não se perdia na letra de uma música. Por isso continuou cantando com Joelma em ”Lelezinha” e “Acelerou”. Em um dado momento Joelma disparou ao público que deve estar se dedicando à uma possível carreira na música gospel em 2014, fazendo com  que muitos cressem que a vocalista anunciava, na verdade, o fim da banda, fato que foi negado pelos empresários da mesma. Chimbinha e a esposa receberam uma homenagem especial entregue pelo prefeito da cidade, Geraldo Júlio.
Prêmio nas mãos do prefeito. (Foto: João Vitor Alves)
Homenagem nas mãos do prefeito. (Foto: João Vitor Alves)
Joelma recebe o prêmio. (Foto: João Vitor Alves)
Joelma, alegre, recebe o prêmio. (Foto: João Vitor Alves)
Em clima de realização, Calypso entrou na parte da final do show. Primeiro comoveu o público com  ”A lua me traiu”, ”Perdoa” e ”Eu te agradeço, Senhor”. Depois tirou todo mundo dos eixos de novo e pôs a massa pra dançar com ”Entre tapas e beijos”, ”Cavalo manco” e “Vem dançar”. Nesse ritmo festivo o casal Calypso se despediu do São joão da Capitá, sem deixar dúvidas da força da banda e da forte integração desta com seu público.
Joelma se despede de Recife. (Foto: João Vitor Alves).
Joelma se despede de Recife. (Foto: João Vitor Alves).
A banda “Magníficos” subiu no palco com a difícil missão de suceder Calypso e anteceder Aviões do Forró. Mas com a experiência da mais de uma década de estrada, a banda comandada pela Walkíria a Sâmia e o Neno conseguiram aliar os grandes sucessos de estrada com os novos aperitivos estourados da estação. Destaque para a primeira sequência do grupo que foi simplesmente arrasadora. O começo com “A Preferida do Brasil” e “Verdadeiro Amor”, continuadas por “O encanto”, “Essa paixão virou chiclete” e “Beijo bom”, serviram como um doce revival para todos que viveram o forró, alguns anos atrás. De grandes sucessos de bem perto ainda rolaram ”Me usa”,  ”Carta branca” e ”Apaixonada”.
Muita coreografia marcou o show. (Foto: João Vitor Alves)
Muita coreografia marcou o show. (Foto: João Vitor Alves)
(Foto: João Vitor Alves)
(Foto: João Vitor Alves)
“Magníficos” ainda trouxe uma menção à Luiz Gonzaga, cantando alguns sucessos do rei do baião como “Paraíba” e “Baião”. Próximo ao fim do show, a banda enxertou o batidão do funk através de “Amor de Chocolate” e “Show das Poderosas”, que voltariam a ser entoadas por outras bandas na mesma noite. Sem maiores intervalos, findado o show da Magnificos, subiu ao palco o Xandy e toda irreverência da Aviões do Forró.
É o Xandy Avião. (Foto: João Vitor Alves)
É o Xandy Avião. (Foto: João Vitor Alves)
Xandy e Solange. (Foto: João Vitor Alves)
Xandy e Solange. (Foto: João Vitor Alves)
A verdade é que existem shows de forró e existe o show da banda Aviões do Forró. É invejável a forma com que o público interage com os pilotos do grupo. É quase como uma brincadeira de “O mestre Mandou”. Xandy e Solange comandam e os fãs respondem vorazmente na mesma intensidade. Com um repertório unicamente formado por músicas estouradas no momento, Aviões insurgiu um “Ziguiriguidum” formado por milhares de sombrinhas e guarda-chuvas. Levou todo mundo ao êxtase, até com músicas já cantadas na sexta e no sábado por outros grupos, mas que ganharam um pouco mais no quesito “grito ensurdecedor do público”, ao serem entoadas pelo Aviões.
Solanginha, toda vestida de São João, no comando do avião. (Foto: Anderson Stevens)
Solanginha, toda vestida de São João, no comando do avião. (Foto: Anderson Stevens)
“Prepare seu coração”, “Piradinha”, “Festa na piscina” e “Fala comigo”, foi a sequência mais avassaladora da banda cearense que se despediu do público recifense prometendo voltar para um show no Clube Português, já no próximo mês. “Vamo botar aquele lugar abaixo”, disse o Xandy. Sem nenhum intervalo, após findado o show de Aviões, subiu ao palco o Chiclete dos chicleteiros. E aí… Foi que danou-se a festa. Com direito a muita chuva, mas com a legião de fãs que acompanham Bell e sua turma em todos os cantos do país.
Te!! (Foto: João Vitor Alves)
Chi… Cle… (Foto: João Vitor Alves)
Chi... Cle... (Foto: Anderson Stevens)
Te!! (Foto: Anderson Stevens)
É quase um desafio perguntar quem não conhece de cor e salteado as canções do setlist do Chiclete. A maioria das músicas do grupo baiano já se transformaram em hinos do cancioneiro nacional.  A novidade desse show foi que Bell Marques trouxe para a pista molhada do São João da Capitá, além de seu tradicional axé, representado por todas aquelas músicas clássicas, “Chicleteiro eu, chicleteira ela”, ”Eu quero esse amor”,  ”Quero chiclete”,  ”100% você”, dentre outras, também trouxe alguns forrós como a tradicional “Tareco e Mariola”. Mas a banda voltou à sua praia na zona final do show com os hitts ”Mugegé”,  ”Nana ê”, “Vumbora amar” e “Voa voa”, encerrando sua participação e abrindo espaço para mais uma atração. Não perca as contas, a 6ª da noite. E advinha qual era.
El Peruano, vocalista da banda Cavaleiros do Forró. (Foto: João Vitor Alves)
El Peruano, vocalista da banda Cavaleiros do Forró. (Foto: João Vitor Alves)
Dani, vocalista do Cavaleiros. (Foto: João Vitor Alves).
Dani, vocalista do Cavaleiros. (Foto: João Vitor Alves).
A banda Cavaleiros do Forró foi talvez a responsável pela maior mistura sonora da noite. Cantou os bregas estourados, ”Podem até nos separar” e “Diz na minha cara”. Também seguiu a tendência de atacar no funk de Naldo, “Amor de Chocolate”, e de Anitta, “Show das Poderosas”. Mas sim, também teve o bom forró com toda sequência de hitts incluindo “Vai Correndo Atrás”, “Se Prepare pra Sofrer”, “Cole do meu Lado” e “Segunda Opção”, sendo o show de encerramento do São João da Capitá, com cara de poutpourri principalmente do que foi apresentado neste segundo dia de evento. O público foi pra casa delirando, com tanta festa e a agitação sem precedentes do maior festejo junino da capital

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